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Para Platão a noção de felicidade é relativa à situação do homem no mundo, e aos deveres que aqui lhe cabem.Platão afirma que não podemos ser felizes quando somos dominados pela concupiscência e pela cólera, isso porque as paixões sempre nos conduzem por caminhos perigosos e contraditórios e fazem com que os desejos e impulsos violentos de nosso corpo tirem nosso bom senso.
Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco (irascível) e um negro (concupiscível). O corpo humano é a carruagem, e o cocheiro (Razão) conduz através das rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos). Cabe ao homem através de seus pensamentos saber conduzir seus sentimentos, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.
Platão definia o universo metafísico da seguinte forma:
No vértice do sistema universal as Idéias, onde está o verdadeiro conhecimento.
Subordinado a estas o Demiurgo, o Deus platônico, superior a matéria, mas com o poder da ordenação da matéria segundo a definição das idéias.
Depois temos as Almas, que por ação do destino acabam dando vida a matéria ordenada, ou podemos dizer criada, pelo Demiurgo.
Estas, aprisionadas pela matéria, aqui nos referimos aos corpos dos seres humanos, acabam por buscar ao Demiurgo para tentar encontrar o caminho de volta para a sua origem, pois o corpo humano não passa de um cárcere onde elas estarão presas até a morte do mesmo, e somente assim conseguem voltar ao seu mundo original.
Resposta ao enigma:
Ao entender o Mundo das idéias de Platão, verificamos que é onde se encontra a perfeição, ou seja, a verdadeira identidade do universo, a harmonia real de toda a criação.
Apesar de não percebermos, por sermos imperfeitos, este lugar existe. E pela natureza de nossas almas, procuramos por este mundo sem saber porém, como seres humanos, como encontrá-lo.
Não sabemos como seres humanos por que este segredo está na alma, e nos acostumamos a conhecer apenas os bens materiais.