20147 82059 2 PB
2682 palavras
11 páginas
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito: http://dx.doi.org/10.15448/2179-8435.2015.1.20147
A crise na educação entre o passado e o futuro
R esenha
José Luís Schifino Ferraroa
Resenha de:
Editor
Maria Inês Côrte Vitoria
PUCRS, RS, Brasil
Equipe Editorial
Pricila Kohls dos Santos
PUCRS, RS, Brasil
Marcelo Oliveira da Silva
PUCRS, RS, Brasil
Carla Spagnolo
PUCRS, RS, Brasil
Rosa Maria Rigo
PUCRS, RS, Brasil
e-ISSN 2179-8435
A matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma Licença Creative Commons
- Atribuição 4.0 Internacional. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ ARENDT, Hannah. A crise na educação. [Ensaio]
In: ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro.
7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011. 348 p.
No início de seu ensaio intitulado “A crise na educação”, Hannah Arendt focaliza os acontecimentos do século XX interconectados – principalmente as guerras e àquilo que decorreu delas – caracterizando, assim, tal crise como “fato político” (e até certo ponto generalizado) que ainda hoje persiste e se constitui como tema recorrente na imprensa (ARENDT, 2011,
p. 221-222). Arendt também coloca que a vantagem da análise em uma perspectiva crítica além de nos exigir respostas às questões que estão sendo colocadas em xeque, nos permite descortinar os problemas em sua essência, que no caso da educação, segundo a autora, passa pela questão da natalidade, visto que os seres humanos “nascem para o mundo” (ARENDT, 2011, p. 222).
A ênfase em tratar tal crise com uma conotação política toma como referência a educação que passa a ser realizada nos Estados Unidos, visto que a “América” principalmente no pósguerra passou a receber um número considerável de imigrantes. A escola então, passou a cumprir um papel que em outros países fica basicamente à cargo da família – ocorre no lar – que se refere à educação da língua inglesa. Houve, então, o que Arendt denominou de “americanização” dos estudantes filhos de imigrantes (ARENDT, 2011,