2 Texto E Ritmo
Toda comunicação impõe seu ritmo, e o interlocutor, conscientemente ou não, busca-o para a compreensão do discurso que lhe é transmitido.
A argumentação também segue seu ritmo como um dos fatores determinantes de sua extensão. Longa ou curta deve-se regrar pelo estabelecimento de um ritmo determinado e criterioso. O interlocutor, na leitura de um texto argumentativo, adota um ritmo de interpretação e frusta-se se ele é violado.
A argumentação deve ser feita conforme um planejamento de tempo (no discurso oral) ou de espaço (no discurso escrito). Todo leitor espera que aquilo em que o discurso mais se ocupa seja o mais importante.
Qual o problema de se construir um discurso com essa falha de coerência?
QUATRO DICAS A RESPEITO DA COERÊNCIA
O destinatário da argumentação, ainda que jamais tenha estudado algo a respeito de coerência, adere mais às idéias que se lhe apresentam em um percurso bem formado. Isso importa em dizer, sem nenhuma duvida, que o argumentante deve se esforçar para que seus argumentos sejam encadeados da melhor forma, ou seja, pareçam o mais possível lógica e indeclinavelmente coeso.
1. Em primeiro lugar, aquele que constrói o discurso deve ter para si bem fixado que existem inúmeras possibilidades de progressão do texto.
2.Preocupação do argumentante em enunciar elementos de ligação de idéias (principalmente entre os parágrafos) para que a condução de seu discurso pareça segura.
3. Outra dica importante é relacionada à questão topográfica do texto. Todo discurso tem projeção espacial, porque o leitor, como já se disse, sempre aguarda que se entretenha mais naquilo que é mais importante. Isso conduz a um conselho bastante profícuo, que se recomenda seja seguido: o argumentante deve fazer rascunho de seu discurso, planejá-lo em tópicos.
4.Ultima dica para o estabelecimento da coerência vem, de novo, relacionado à intertextualidade. Nada prejudica mais a coerência do que explicações ou premissas que faltam ao leitor para a