2 Etica
Ernando Fagundes Administradores, quaisquer que seja o tamanho da organização, se perguntam ou deveriam se perguntar até que ponto as empresas devem prezar pela ética, e o quê os comportamentos éticos podem vir a trazer de bom e interessante para a mesma. Por outro lado, colaboradores também se questionam o quanto seus empregadores são éticos em relação aos mesmos e o que eles demonstram nas condutas adotadas no relacionamento entre empresa e colaborador.
São lados opostos que refletem sobre um mesmo assunto e formam opiniões divergentes, já que a visão de cada parte envolvida ocorre de um ângulo diferente. Porém não é assim que deveria ocorrer, uma vez que há uma interdependência entre colaborador e empresa na qual, cada conduta de uma parte para com a outra, irá gerar uma nova conduta baseada nos valores éticos adotados pela anterior.
Moreira (1999) afirma que alguns comportamentos éticos são classificados como legais e outros, porém são tidos como éticos, mas sem o respaldo da lei. Essa afirmação mostra que há duas maneiras que fazem com que a empresa aja eticamente: por meio da cobrança e fiscalização por parte das autoridades quanto à adoção das condutas éticas legais ou, no caso das condutas éticas que não têm o respaldo da lei, as empresas fazem o uso de comportamentos éticos conforme estas condizem com seus valores.
James Burke (1987, apud AGUILAR, 1996, p. 11-12) afirma: "acredito que há uma necessidade profunda e intensamente humana de confiança, honestidade, integridade e conduta ética com as pessoas com quem criamos importantes relacionamentos. Além do mais, acredito que este imperativo moral deve motivar as empresas a se esforçarem para satisfazer essa necessidade que diz respeito a todos os seus constituintes, clientes, empregados, enfim todos os que dela dependem. E, finalmente, acredito que as empresas que são mais consistentemente éticas em sua conduta serão, em média, mais