2 BARROCO PORTUGAL

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BARROCO (PORTUGAL)
CARACTERISTICA: O Barroco opõe-se à estética clássica: superfície X profundidade; forma fechada X forma aberta; multiplicidade X unidade. O homem barroco foge das coisas e dos sentimentos contraditórios que envolvem a natureza humana, realçando os valores cristãos. Podem-se encontrar dois tipos de estética barroca: a gongórica e a conceptista. A estética gongórica preocupa-se com a descrição das coisas, é freqüente o uso de figuras de linguagem como a antítese, a metomínia, o paradoxo, o assíndeto, a metáfora, o simbolismo, a sinestesia, a hipérbole e a catacrese, além do uso de neologismo. Preocupa-se com a linguagem bem trabalhada. A estética conceptista, no entanto, está preocupada em conhecer a essência das coisas, ao invés de descrevê-las. Utiliza-se mais da razão do que da emoção. Há o uso de antíteses e paradoxos, tornando o raciocínio mais ambíguo em busca da satisfação da inteligência.
A linguagem barroca é exagerada de imagens e figuras de linguagem, ou seja, preocupa-se com a aparência e expõe assuntos que envolvem a religião problemática da época.
CONTEXTO HISTORICO: Ao contrário do resto da Europa (onde se vivia um forte sistema político absolutista) o Barroco português não se inicia em 1600. Portugal encontra-se nesta época em profunda crise política, económica e de identidade social; provocada principalmente pela perda do trono para Felipe II de Espanha. A nobreza abandona as cidades, saindo para o campo, levando pequenas cortes consigo, desta forma tentando preservar a identidade sócio-cultural portuguesa. Fechados às influências de Espanha, encontram-se também fechados ao mundo. É nesta época que nasce a Arquitectura Chã.
O Barroco como estilo arquitectónico exige dinheiro que Portugal não tinha, após a perda do nordeste do Brasil para os holandeses e a sua independencia para a Espanha. A economia não era sustentável porque grande parte da riqueza nacional baseava-se no ouro e nas pedras vindas do Brasil, com as quais se

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