2. Arcabouço Geológico Regional: Bacia do Araripe
Este capítulo aborda de forma descritiva e contextualizada à geologia regional através de pesquisa bibliográfica, os afloramentos modelo para cada formação da Bacia do Araripe, além das bacias Rio do Peixe e de Iara, e a sub-bacia do Barro, visitados e estudados entre os dias 23 a 25 de setembro de 2008, bem como sua relação com o embasamento Pré-Cambriano e o desenvolvimento tectônico e geocronológico das bacias.
3.1. Bacia de Iara A idade desta unidade é obtida por diversos autores como cambro-ordoviciana do Paleozóico, a bacia é representada pelo Grupo Rio Jucá que é composto litologicamente por sedimentos do tipo conglomerados polimíticos, brechóides de matriz arenítica fina a média, ferruginosa, com cimento silicoso, carbonato ou ferruginoso, além de arenitos finos a conglomeráticos, contém também arenitos arcosianos, folhelhos e filitos. Os sedimentos da bacia foram depositados em meio-graben e segundo (Prado et al. 1980), podem ser correlacionados aos sedimentos da Formação Massapé base da Bacia do Jaibaras. A bacia é de origem vulcanosedimentar, e representa a fase de estabilização do cráton, apresentando mineralizações de cobre e platinóides.
3.1.2. Descrição de Afloramentos
Afloramento G3-03
Coordenadas – 24/09/2008
UTM X
UTM Y
ELEVAÇÃO
0523786
9220188
367 m
Afloramento localizado no município de Iara a margem esquerda da BR-116 no sentido Fortaleza – Porto Alegre, inserido na Bacia vulcano-sedimentar de Iara.
Trata-se de uma brecha sedimentar com arcabouço formado por grãos angulosos de tamanho variado e de diferentes composições (polimítico e polimodal); fragmentos de rochas (vulcânicas, plutônicas, arenitos, outras brechas) e mineral (quartzo e feldspatos) numa matriz arenosa, arcoseana e imatura.
Afloramento depositado em planície de inundação (material mais fino) e fluvial meandrante-entrelaçado (mais grosso), onde a sucessão de camadas é dada por