2 ALTAS HABILIDADES
Falar sobre mitos e desafios que envolvem este termo, ainda se faz necessário devido ao conhecimento acumulado ao longo dos séculos, que levaram ao cometimento de vários equívocos em relação a estes sujeitos, terminando na sua exclusão pedagógica e social.
Analisando amplamente a questão das altas habilidades/superdotação, pode-se perceber que a filosofia ocidental, acabou explicando a natureza do conhecimento humano a partir das ideias de Platão. Contestadas por Aristóteles percebemos que durante os dois milênios seguintes perpetuou-se a busca pelas respostas as indagações platonianas.
No caminho para explicar se o conhecimento vinha de experiências vividas pelo sujeito ou se já nascia com ele, discussões foram feitas e levadas até o inicio do século XX, perpetuando e consagrando o debate como inato e adquirido.
Alguns mitos foram formados ao longo dos séculos e é preciso analisá-los da maneira que foram surgindo. O termo dotado, no contexto latino, era dado àquele que possuía dote quando fosse se casar, desta forma era chamado de dotado.
Já no contexto grego aquele que possuía algum talento, este sendo chamado de talentoso. Mais tarde tanto os substantivos e os adjetivos, assumiram resultados figurativos, relacionados a inteligência humana. O dote passava a referir-se ao dom natural e o talento ao sentido de aptidão natural para certas atividades ou uma certa habilidade adquirida.
Sendo esta ultima mais ampla, pois abrange o conceito do dom natural e as habilidades adquiridas que são resultado das práticas.
Também foi atribuído à algumas pessoas a palavra gênio. Sendo esta concepção que desencadearia uma ideia de tendência, inclinação ou propensão de cada pessoa, aquilo que determinaria as suas habilidades, que as tornaria mais espertos e astutos.
Alguns argumentos foram levantados ao longo dessa discussão. Assim como os argumentos inatos que acreditavam que esta se formava a partir do nascimento, neste meio