1º e 2º ciclo da borracha
Os europeus tomaram conhecimento do proveito do látex através dos índios Omágua, que utilizavam para a fabricação de vários artefatos, mesmo antes da descoberta da América.Esse produto era utilizado em pequena escala na Europa, basicamente como borracha de apagar e ainda sob forma de outros utensílios como : bombas de sucção, bolas e botas. A exploração do látex estava concentrada nas proximidades de Belém e na Ilha de Marajó, onde tinha pouca importância para a economia local. Apresentando duas características naturais do produto: pouca resistência ao calor, que tornava os manufaturados de borracha moles e pegajosos e o excessivo enrijecimento, quando exposta à baixa temperatura. Com o processo de vulcanização da borracha criado por Charles Goodyear em 1839 e o advento do automóvel e da bicicleta fez com que a demanda do produto pelos centros industriais europeus e americanos crescesse. Algumas pré-condições naturais e históricas tornaram o vale do Amazonas um fornecedor privilegiado da goma elástica: 1) abundância natural das árvores; 2) qualidade e produtividade e uma secular tradição extrativista. Certas condições teriam de ser tomadas para atender a quantidade suficiente das indústrias, como por exemplo à disponibilidade de capitais para o aumento da produção, que seriam investidos na abertura de novas áreas produtoras, no financiamento de novos seringais e no recrutamento de mão-de-obra e no setor dos transportes.No início da exploração, os capitais eram inexpressivos, podendo ser obtidos dentro do país ou mesmo dentro da região norte, mas com o aumento da procura, o capital nacional se tornou insuficiente para atender a demanda. Com a falta dos capitais nacionais, prontamente foram obtidos os capitais estrangeiros que com o tempo obtiveram o controle do processo produtivo, financiando as importações.Com essa dinâmica, em 1910 resultou no endividamento de 25% da renda intra-regional da Amazônia, que era