1950 Francisco Isoldi As Sociedades Hist ricas na It lia
Até o século XIX não havia ainda aparecido na Itália nenhum
Instituto público que tivesse por objeto o estudo da história medieval e moderna.
A escola histórica romântica tentara fundir a filosofia com a erudição, isto é, unir Vico e Muratori. Pouco a pouco a figura de Vico foi desaparecendo, sobressaindo a de Muratori; o espírito filosófico foi-se enfraquecendo, deixando à erudição um império quase absoluto.
A emprêsa muratoriana conseguira bom êxito devido à generosidade de particulares. As academias acolhiam alguns estudos históricos excepcionalmente, preferindo os de arqueologia ou literários.
O primeiro instituto nasceu no Piemonte. O govêrno provisório de 1799 fundou uma Deputação encarregada de recolher os documentos para urna compilação de uma história verdadeira e exata do Piemonte. Essa orientação correspondia a dois conceitos dominantes: que a história escrita até então tinha por norma uma história áulica e superficial; que para escrever uma de caráter verídico era necessário remontar às fontes e às pesquisas diretas sôbre antigas crônicas e documentos de arquivo. Devido a vários acontecimentos que sucederam nos primeiros anos do século a obra dessa comissão foi quase nula. Ela própria desapareceu, pois que a monarquia restaurada desfez tudo quanto tinha feito na sua ausência. Mais tarde o plano do govêrno provisório foi retomado e a
Deputação ressurgiu, continuando com o mesmo método: pesquisas e publicações de fontes históricas, que começam a aparecer na coleção Historiae patriae mpnumenta.
Por muitos anos a Deputação permaneceu como a única instituição oficial de estudos históricos na península itálica, com finalidade estritamente regional de estudos.
Com um plano mais amplo e complexo, um grupo de estudiosos toscanos, auxiliados pela mente diretora e pelo bolso de um editor inteligente, corajoso e de muito boa vontade, Gian Pietro
Vieusseux, deu vida (4 de março de 1842) ao Arquivo Histórico
Italiano, data essa