1930
Desde a década de 1920, as oligarquias sofriam com a pressão dos militares participantes do movimento tenentista e da crise econômica gerada pela retração dos negócios firmados no mercado externo. Nesse meio tempo, ficava claro que não seria possível se sustentar uma estrutura de poder focada no incentivo à agroexportação e no favorecimento dos grandes proprietários de terra. Os centros urbanos cresciam e, junto deles, uma nova leva de grupos portadores de outras demandas.
No desenvolver da revolução, podemos ver que os participantes da Aliança Liberal e Getúlio Vargas se esforçaram para conquistar o apoio desses grupos urbanos, principalmente dos tenentes e dos trabalhadores assalariados. Entretanto, vemos que os mesmos também se apoiavam na figura de grandes proprietários que se mostravam insatisfeitos com a hegemonia paulista e mineira no governo federal. Dessa forma, não podemos relacionar o evento a um episódio marcado por grandes transformações.
O que vemos na Revolução de 30 e ao longo da própria Era Vargas é que novos grupos teriam espaço em um cenário político que assumia feições cada vez mais heterogêneas. Operários, empresários, comunistas, profissionais liberais, militares, integralistas determinaram uma nova realidade onde o centro de decisão e debate político se voltava para os grandes centros urbanos da nação.
Não por acaso, as leis trabalhistas, o desenvolvimento do setor industrial, a criação de empresas estatais marcaram essa mudança de enfoque econômico. Ao mesmo tempo, o café e outros