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Traumatismo Raquimedular –Daniel Damiani – Acadêmico de Iniciação Científica da Universidade de Santo Amaro – UNISA.
Os traumas raquimedulares acometem pessoas das mais variadas idades com conseqüências muitas vezes catastróficas. Podem originar lesões nervosas irreversíveis. As lesões medulares são muito comum em pessoas jovens que praticam esportes como o futebol, hipismo, natação, mergulhos, dentre outros. Jovens envolvidos em incidentes com armas de fogo e agressões também são comuns. Porém a maior incidência de lesão medular ocorre em acidentes automobilísticos (Grundy D, 1993).
Mecanismo de Lesão –
Força mecânica aplicada diretamente ou indiretamente sobre a coluna vertebral: súbitos movimentos envolvendo flexão, hiperextensão, compressão vertebral ou rotação da coluna, ocasionando luxações das articulações das facetas, fraturas de corpos vertebrais, herniação, fragmentação óssea ou até mesmo desvio do alinhamento vertebral. O grande problema é quando estes tipos de lesões estendem-se a medula causando qualquer tipo de dano à mesma. Devemos lembrar que o cone medular estende-se até L1 e L2, sendo que o restante constituem-se de cauda eqüina. Os níveis de lesões mais freqüentes são C5, C4 e C6. O nível inferior mais comum configura-se em T12, L1 e T10.
Aspectos Patológicos –
As lesões medulares podem também apresentar hematomas extradurais, subdurais, subaracnóideos; a medula apresenta-se edemaciada, avermelhada e amolecida. Uma hiperemia vascular pode ser evidenciada nas primeiras 12-24h devido ação de catecolaminas e prostaglandinas. Ocorre exsudato de hemácias, leucócitos polimorfonucleares, linfócitos e plasmócitos. O quadro de seringomielia (comum em trauma cervical) e estenoses de canal podem se estabelecer pós ação traumática.
Avaliação Neurológica –
A American Spinal Injury Association (ASIA) e a International Medical Society of Paraplegia (IMSOP) estabeleceram juntamente um padrão para se avaliar a gravidade da