1916
MEXICO
Hoje na História: 1917 - É proclamada a Constituição mexicana
Após sete anos de revolução e agitação política e social, o presidente mexicano Venustiano Carranza proclama em 5 de fevereiro de 1917 a moderna constituição mexicana, que promete a devolução das terras aos povos autóctones, a separação do Estado e Igreja e radicais reformas econômicas e educacionais.
Esse documento político progressista, aprovado por uma constituinte eleita, combinava exigências revolucionárias de uma reforma agrária com teoria social avançada. Levaria décadas, porém, antes que as prometidas reformas radicais se tornassem realidade.
Carranza foi deposto e assassinado em 1920 e uma duradoura estabilidade frustrou o México das reformas até depois da Segunda Guerra Mundial quando a industrialização alentada pela guerra cresceu para dominar grande parte da economia e Miguel Aleman tornou-se o primeiro de uma série ininterrupta de presidentes civis eleitos pelo PRI (Partido Revolucionário Institucional).
A Constituição do México - Constitución Politica de los Estados Unidos Mexicanos - de 1917 é a atual Carta Magna da federação mexicana. Foi promulgada pela Assembleia Constituinte reunida na cidade de Querétaro entre 1º de dezembro de 1916 e 31 de janeiro de 1917, entrando em vigor no dia 1º de maio seguinte. A Constituinte foi convocada por Carranza em cumprimento do estabelecido no Plano de Guadalupe e substituiu a Constituição do México de 1857.
Foi a primeira constituição da História a incluir os chamados direitos sociais, dois anos antes da Constituição de Weimar de 1919. Trata-se de um documento anticlerical e liberal, incluindo medidas relativas ao trabalho e à proteção social, bastante radicais para a época bem como reformas destinadas a restringir a posse de explorações mineiras e de terras por estrangeiros. Reflete também as diferentes tendências manifestadas antes e durante a Revolução Mexicana: anticlericalismo, agrarismo, sensibilidade social e nacionalismo.