1822
A obra conta a história do Brasil desde a sua independência até a morte de D. Pedro I relatando detalhadamente o primeiro reinado e a vinda do Imperador.
Desde 1807, quando a Família Real fugiu para Brasil, Portugal sofria os efeitos de uma grave crise econômico-financeira. A burguesia mercantil, ressentida com a perda do monopólio colonial, não tinha como resistir à concorrência britânica; os preços disparavam e a moeda se desvalorizava. Além da crise, crescia o descontentamento com a ditadura do marechal Beresford, o regente inglês que governava enquanto o rei permanecia no Brasil.
Com isso, o espírito liberal revolucionário começou a aparecer. Em 1818, na cidade do Porto, foi criado o Sinédrio, uma associação de liberais composta por intelectuais, militares e burocratas, liderados por Manuel Fernandes Tomás, pregava a expulsão dos ingleses e o retorno de D. João VI a Portugal, limitado por uma constituição.
Então, no dia 24 de agosto de 1820, grupos militares se dirigiram ao campo de Santo Ovídio e começaram os levantes. Foram até a Câmara Municipal e formaram uma “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino. Essa junta tinha integrantes como Brigadeiro António da Silveira Pinto da Fonseca, então presidente, Coronel Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira, vice-presidente, entre outros.
Já em Lisboa, a Revolução do Porto foi conquistando centros urbanos portugueses sem muita resistência. Quase um mês após o início da revolução, oficiais apoiados pela burguesia e pela população, conseguiu depor os Regentes e criar um governo interino. Mas a União entre os rebeldes do Porto e de Lisboa só aconteceria no dia 28 de setembro, quando foi criada a "Junta