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Estudo de caso: Azaléia/Vulcabrás
Na primeira parte deste capítulo é feita uma descrição do caso da empresa
Azaléia, antes e após sua aquisição pela Vulcabrás, utilizando as informações levantadas consideradas
relevantes
ao
entendimento
do
processo
de
internacionalização da empresa. Na segunda parte, faz-se uma análise do caso focando-se o processo de internacionalização, à luz da literatura examinada.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0913042/CA
4.1.
O caso Azaléia
Nesta seção apresenta-se o desenvolvimento histórico da empresa estudada a partir de fontes secundárias.
O histórico da Azaléia é apresentado dividindo-se em três partes: antes da aquisição pela Vulcabrás, a aquisição propriamente dita e depois da aquisição pela
Vulcabrás.
4.1.1.
Antes da aquisição pela Vulcabrás
As Origens da Empresa
Em 1958, Nestor Herculano de Paula, Arnaldo Luiz de Paula, Nelson
Lauckm, Arlindo Lauck e Theno Berlitz se juntaram para fabricar e comercializar calçados femininos de produção artesanal, em Parobé, Estado do Rio Grande do
Sul. Eles utilizavam equipamentos usados e sua produção total diária era de apenas 10 pares. A partir dessa experiência foi fundada a Azaléia, em 1965
(BNDES, 2001; MINADEO, 2010).
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A fundação da empresa coincidiu com o início de um período de grande crescimento da indústria calçadista brasileira, graças à expansão das exportações e do mercado doméstico. Assim, o crescimento e a internacionalização da empresa foram favorecidos pelo momento histórico que o Brasil vivia ao final da década de 1960 e na maior parte dos anos 1970. Nesta época, o país atravessava o período do chamado “milagre econômico brasileiro”, aproximadamente uma década em que ocorreu elevado crescimento do PIB.
As empresas calçadistas brasileiras se beneficiaram do cenário econômico favorável, em que a demanda suplantava a oferta. Pressionadas pela demanda crescente, as empresas locais expandiam a produção para atender uma leva crescente de pedidos vindos do exterior.