18 do Forte de Copacabana
A Revolta do Forte de Copacabana, também conhecida como Revolta dos dezoito do Forte, foi o primeiro Movimento Tenentista durante a República Velha. A principal característica da República Velha foi a política café-com-leite, deste modo havia a alternância dos candidatos a presidência da república feita pelos estados de São Paulo e Minas Gerais.Em 1921, durante a disputa para presidência da república surgiram cartas, supostamente assinadas por Arthur Bernardes, que ofendiam o Exército e o Marechal Hermes da Fonseca. Não teriam dado atenção, mas Arthur Bernardes era o representante da política café-com-leite para a presidência. Com o intuito de acabar com a oligarquia, o estado do Rio de Janeiro lançou como candidato concorrente Nilo Peçanha. Bernardes, no entanto saiu vencedor, com 56% dos votos, tudo graças à política já montada.
Era fato que os militares não aguentavam mais a pouca vergonha nas eleições e entendiam que a política café-com-leite ia contra os ideais democráticos vislumbrados por eles. Devido ao aprimoramento profissional da oficialidade do Exército, decorrente da modernização que empolgou a Força Terrestre pós-Império, gerou, como subproduto, a politização das classes armadas. Começou a se formar a consciência revolucionária dos tenentes e capitães(em especial oficiais de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados) quanto à utilização do Exército como massa de manobra dos velhos políticos da “República do Café com Leite”.
Era crescente o descontentamento dos oficiais, diversas unidades do Rio de Janeiro se organizaram para realizar um levante no dia 5 de julho de 1922 contra o presidente em exercício Epitácio Pessoa (mais um representante da oligarquia que dominava o país) e Arthur Bernardes que assumiria o cargo em novembro.
No entanto, apenas o Forte de Copacabana, sob comando do Capitão Euclides Hermes da Fonseca, e a Escola Militar se revoltaram na madrugada de 5