18 Brumário

O 18 Brumário, Política e Pós-Modtoernismo

O objetivo do artigo é justamente discutir um aspecto relativamente esquecido do livro : O papel do “econômico” diante do “politico” e do “ ideológico”.O argumento central é que há nessa série de sete artigos escritos uma interpretação da política que é solidária com a concepção materialista da História e, mais precisamente, com dois princípios teóricos: o lugar de destaque que o "econômico" ocupa no interior dessa concepção e a centralidade da ideia que opõe essência e aparência. Os dois princípios foram-nos apresentados no "Prefácio" de 1859 de Para a Crítica da Economia Política. O artigo está dividido em cinco partes. Na primeira,o autor procura ilustrar, de maneira menos esquemática, a interpretação dualista do pensamento de Marx com base no divórcio por ramos de atividade entre o "historiador" e o "teórico social". Na segunda seção ele apresenta a hipótese de leitura. Ela une a forma (o "estilo") e o conteúdo (a análise do processo social) d'O 18 Brumário aos postulados convencionais do materialismo histórico. Na terceira seção, ele lista as diferenças entre os textos de 1852 e 1859 e relativizo o desacordo tradicionalmente enfatizado pela maior parte dos comentadores. Na quarta seção busca comprovar um ponto do meu argumento: como se dá, no livro em questão, a "primazia do econômico". E na quinta ele se empenha para demonstrar o outro ponto: em que sentido se deve ler, n'O 18 Brumário de Luís Bonaparte, a oposição entre "essência" e "aparência", discutindo, de passagem, o sentido da aparência em política. A obra esta inserida no contexto pós-moderno.Segundo alguns estudiosos, o pós-modernismo teria origem no marxismo. Trata-se de uma posição polêmica, já que o marxismo é uma filosofia materialista segundo a qual as forças de produção são determinantes das estruturas sociais. Ainda por cima, o marxismo afirmava-se científico enquanto os intelectuais pós-modernos colocam em questão