18 Brumário de Luís Bonaparte
1566 palavras
7 páginas
O 18 BRUMÁRIO DE LUÍS BONAPARTE Marx retoma, no início do texto, a frase de Hegel que afirma que a história se repete duas vezes. E acrescenta que ela se repete da primeira vez como farsa e da segunda como tragédia. Com isso ele justifica o título do texto, que retoma o 18 Brumário de Napoleão Bonaparte, em 1815. Ainda sobre a repetição da história, o autor afirma que “os homens fazem a sua história, mas não a fazem como querem”, ou seja, são levados pelo contexto e pelos processos históricos que ocorrem em sua realidade, única em cada período. De início, Marx afirma sobre as Revoluções Burguesas, iniciadas no século XVII, na Inglaterra, que estas retomam constantemente preceitos antigos, como a democracia, para que estes legitimem suas revoluções, para que “se iludam nos próprios conteúdos”. Portanto, para Marx, era absolutamente necessário que, na revolução social, os proletários permitissem que os mortos enterrassem seus próprios mortos. Isso significa iniciar um processo inteiramente novo na História, para que esta revolução e esse novo modelo de sociedade não fossem superados. Durante o texto, Marx retoma conceitos já explicitados em outros textos, especialmente no Manifesto do Partido Comunista, como a luta de classes e a teoria geral sobre o Estado e como o processo para que os mesmos sejam superados. Para ele, tanto a política quanto a própria democracia nada mais eram que uma forma burguesa de administração da máquina estatal e, dessa forma, de manutenção da dominação burguesa sobre a classe proletária. Porém, é importante ressaltar que, para Marx, desde o início, a revolução francesa de 1848 já estava fadada ao fracasso. O autor divide o período de fevereiro de 1848 à dezembro de 1851 (do início da revolução até o golpe de Luís Bonaparte, período do qual trata o texto) em três períodos principais: o período de fevereiro, o período da Constituição da República ou da Assembleia Nacional Constituinte e o período da República Constitucional ou da