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DITADURA E SERVIÇO SOCIAL 2.2.4. As direções da renovação do Serviço Social no Brasil De acordo com Neto (2005) o processo de Renovação do Serviço Social no Brasil se configurou como sendo um movimento cumulativo com estágios de dominância teórica- cultural e ideopolítica distintos. Contudo, o autor também coloca que havia um entrecruzamento e sobreposição entre as diversas formas do processo de reconceituação.
Neto destaca o período de ocorrência das três vertentes que compõe o Movimento de Reconceituação1. A primeira delas denominada pelo autor como Perspectiva Modernizadora cobre a segunda metade dos anos de 1960. A segunda vertente chamada de Reatualização do Conservadorismo ocorreu ao final na década dos anos de 1970. E por fim, a intitulada pelo autor em questão como Intenção de Ruptura2 a qual se iniciou na abertura dos anos oitenta. A seguir tais vertentes serão descritas com maior riqueza de detalhes.
2.3. A formulação da perspectiva modernizadora
Segundo Neto a Perspectiva Modernizadora foi embasada nos ideais do Positivismo e do Funcionalismo. A conjuntura da época levou os profissionais disseminadores dessa vertente a instrumentalizar o Serviço Social para responder as demandas governamentais. É importante destacar que esta vertente não tinha intenção de questionar os ditames da ordem capitalista e ditatorial vigentes. Para tanto, fazia-se necessário primar pelos princípios da integração Social. Tais ideias foram exteriorizados por meio do3 Seminário de Araxá, em seu documento final.
O autor em questão descreve a Reatualização do Conservadorismo como sendo a vertente a qual pautou seu suporte teórico e metodológico nos princípios de Fenomenologia Existencialista e na ética Cristã. A proposta continha um cunho de uma prática do Serviço Social a qual estaria voltada para O circuito Psicossocial. Destaca-se que esta vertente também não questionava a organização social estabelecida.
Netto caracteriza a Intenção de Ruptura