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Importância da Economia Açucareira na Colonização do Brasil:
Avanços e retrocessos da monocultura

Introdução

Queremos tratar neste trabalho sobre a providencial saída encontrada pelos portugueses para fazer produzir riquezas em uma terra de dimensões continentais, descoberta em 1500, saqueada por décadas no que tinha de produtos e recursos que serviram para manter a opulência da Coroa, mas que, como era de se esperar, tais recursos chegaram a um nível de esgotamento que transformaram a rica terra descoberta em um fardo a ser administrado e defendida de invasores, como os franceses, que continuavam contrabandeando pau brasil.
Além dos custos elevados para a manutenção de todo aquele território, livre de invasores, era inegável que a situação econômico-financeira da Coroa Portuguesa não permitia que, sozinha, bancasse com todas essas despesas, além da necessidade de injetar recursos para que a colônia continuasse a ser investimento superavitário, como se era de esperar, pelo sistema de colonização, de uma nova e imensa terra descoberta e que já tinha se mostrado com enorme potencial de lucratividade.
Ademais, como nos informa Sérgio Buarque de Holanda (1995, p.49), os portugueses não estavam exatamente em busca de trabalho, mas apenas de riquezas:
O que o português vinha buscar era, sem dúvida, a riqueza, mas riqueza que custa ousadia, não riqueza que custa trabalho. A mesma, em suma, que se tinha acostumado a alcançar na Índia com as especiarias e os metais preciosos. Os lucros que proporcionou de início, o esforço de plantar a cana e fabricar o açúcar para mercados europeus, compensavam abundantemente esse esforço – efetuado, de resto, com as mãos e os pés dos negros -, mas era preciso que fosse muito simplificado, restringindo-se ao estrito necessário às diferentes operações.1
Por que, então, a opção pela lavoura da monocultura da cana de açúcar? Ao contrário do que possa parecer, à primeira vista, não foi uma escolha aleatória, mas

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