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Cap. 2O processo de liberalização Após a Segunda Guerra Mundial, houve a preocupação de criar um novo sistema monetário internacional. Um sistema previsível e estável, que fosse baseado em regras e não se deixasse manipular por paises poderosos em busca de vantagens. Surgiu então a partir de 1944 o Regime Breton Woods com o objetivo de criar uma ordem econômica mundial estável.
Prevalecia o ouro como ancora do sistema, uma moeda distinta de todas outras dos respectivos Estado-nação. O dólar teria seu valor fixado de acordo com o ouro formando o padrão euro-dolar. Os demais paises fixavam o valor de suas moedas de acordo como o valor do dólar e não podiam mudar por vontade própria. As mudanças só poderiam ser feitas para corrigir desequilíbrios nas contas correntes de algum país e deveriam ser feitas por uma entidade supranacional, ou seja, o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Uma característica básica deste sistema era que, operadores financeiros privados não poderiam movimentar seus recursos livremente pelo mundo. Os paises tinham autoridade para controlar e evitar tais movimentações financeiras. Essas finanças só poderiam transferir recursos se fosse para financiar o comércio.
Um problema que Bretton Woods enfrentou foi o de como garantir a liquidez internacional em dólares. Ninguém contava que o país tivesse um grande déficit estrutural em seus pagamentos externos e aumentasse significamente com a exportação de capital para Comunidade europeia na década de 1960. ( GOWAN, 1999, p 39-40).
Robert Triffin, em 1966 expôs uma grande falha no padrão dólar. Ele viu uma contradição entre mecanismo de criação de liquidez e confiança internacional no sistema, pois os déficits do balanço de pagamento americano para criar liquidez internacional eram baseados nesses sistemas. Ao longo prazo, os déficits acabariam induzindo a perda de confiança no dólar. Até então, as reservas de ouro norte-americanas estavam sendo suficientes para cobrir os déficits de