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Uma nação e sua programaçãoPublicado em 22 de março de 2013
No convívio com algumas pessoas do meu país, percebi que as estas vivem uma espécie de proibição do ser. Por aqui, para você ter uma ideia, um ator que tenta virar cantor, acaba criticado com o antigo jargão “está querendo aparecer” ou “está querendo virar coisas de mais”. Não sei ao certo de onde vem esta cultura tola, mas por sua natureza, quem sabe a possamos entender. Talvez por causa da extinta ditadura, a criação repressiva dada por pais alienados e preocupados com o bem estar de seus filhos (que logo precisariam se enquadrar nas regras do regime), tenha resultado numa mentalidade de despeito, inveja e anulação contra os nossos maiores talentos. Então alguém dirá que se comportando assim, consegue neutralizar a mentalidade maliciosa daqueles que por usurpação (resultado óbvio da mesma mentalidade de despeito, inveja e anulação), tentam se destacar, quer por dever cívico ou autenticidade. Enquanto as pessoas se oprimem ao invés de se ajudar, o império das bundas, do futebol e da cerveja se alastra para áreas de atuação mais encorpadas, como a música, a economia e a literatura: nunca os vilões com tanta facilidade, se tornaram heróis, com suas histórias de traição, poder e engano, enquanto o povo, o meu povo aplaude abobado, qualquer atração da desinformação generalizada. E os amigos jornalistas por formação? Não tem emprego, porque o povo não faz questão da informação completa, não faz questão de saber o que aconteceu na esquina ou no quarto ao lado, para saber o que acontece no Japão, nos gramados e no mundinho das estrelas, que dançam conforme a música, da mesma maneira que os nossos representantes: garantindo o seu para correr daquele monstro feio, o salário menos do que mínimo. (...)
Marcado Brasil, crítica, valores.
Crônica dissertativa: Opinião explícita, com argumentos mais “sentimentalistas” do que “racionais” (ao invés de “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil”,