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SOUZA, Nali de Jesus.
Desenvolvimento Econômico. 5a ed. São Paulo: Atlas, 2005.
Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países procurou acelerar o crescimento econômico, visando aumentar a renda e reduzir a pobreza. Os economistas passaram a formular teorias e modelos para identificar os fatores de crescimento das economias. O modelo neoclássico fundamenta-se em algumas equações simples e adota um conjunto de pressupostos: (a) concorrência perfeita e pleno emprego em todos os mercados; (b) economia fechada e sem governo; (c) função de produção com rendimentos constantes à escala (quando variam simultaneamente todos os fatores) e rendimentos decrescentes quando se altera apenas um dos fatores; (d) economia produzindo um único bem com apenas três fatores: capital fixo (K), trabalho (L) e terra (N); e (e) os fatores de produção são homogêneos, divisíveis e imperfeitamente substituíveis entre si (Paz e Rodrigues,
1972, p. 107).
1 - Modelo de Meade
Na versão de Meade, o nível do produto (Y) aparece como função do emprego de capital, trabalho, terra e das inovações tecnológicas, incluídas na variável temporal (t):
Y = f (K, L, N, t)
(1)
A variação do produto (∆Y) será igual à soma das variações do estoque de capital (∆K) e do emprego de trabalho (∆L), multiplicadas pelas produtividades marginais respectivas (Pmg), além do crescimento residual do produto (∆Y’), atribuído ao progresso técnico, T (toda terra estando ocupada, sua variação seria nula), ou seja:
∆Y = PmgK ∆K + PmgL ∆L + ∆Y’
(2)
No equilíbrio concorrencial, as produtividades marginais do capital e do trabalho serão iguais a suas remunerações respectivas (PmgK = ∆Y/∆K = r; PmgL = ∆Y/∆L = w). Dividindo-se toda a equação (2) por Y e acrescentando-se K no numerador e no denominador da parcela relativa ao capital e L na parcela do trabalho, tem-se que:
∆Y/Y = (rK/Y) (∆K/K) + (wL/Y) (∆L/L) + (∆Y’/Y)
(3)
A taxa de crescimento do produto (∆Y/Y) depende das