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AVALIAÇÃO DAS FORMAS DE FITÓLITOS PRESENTES
EM Cyperus giganteus Vahl (Cyperaceae)
RASBOLD, Giliane Gessica, ITI-A /CNPq, Fecilcam, Engenharia Ambiental, UTFPR, [e-mail] PAROLIN, Mauro (OR), Fecilcam, [e-mail]
CAXAMBÚ, Marcelo Galeazzi (CO-OR), UTFPR, [e-mail]
INTRODUÇÃO
Os fitólitos são corpos micrométricos de opala silicosa precipitada ao longo da vida nos tecidos de plantas, cuja principal função é criar estruturas de sustentação, principalmente em gramíneas (BARBONI et al., 1999; MEDEANIC et al., 2008). Os fitólitos têm sido referenciados como um dos registros fósseis terrestres mais duráveis e uma importante ferramenta de interpretação nos estudos paleoambientais e arqueológicos.
A quantidade de sílica acumulada e a quantidade de fitólitos se diferenciam entre as espécies, as principais em se tratando de produção de fitólitos, são as Poaceae, porém outras famílias pertencentes às monocotiledôneas e dicotiledôneas também produzem uma quantidade expressiva de tal (RUNGE, 1999). As deposições de sílica biogênica nos vegetais podem ocorrer em folhas, sementes, frutos, raízes e madeira, dentro das células ou na parede celular (SENDULSKY; LABOURIAU, 1966; RUNGE, 1999). Algumas morfologias de fitólitos são únicas, sendo assim utilizadas na identificação das plantas produtoras podendo chegar taxonomicamente à família e às vezes ao gênero (PARRY ; SMITHSON,
1964; SENDULSKY; LABOURIAU, 1966; CAMPOS; LABOURIAU, 1969;

SILVA;

LABOURIAU, 1970; PIPERNO, 2006; CALEGARI et al., 2008), possibilitando o uso destes microfósseis em estudos de reconstituição de paleovegetações e paleoclimas (RUNGE,
1999).
Em que pese o grande de número de publicações sobre fitólitos relatadas no trabalho de Zucol et al. (1999), no Brasil ainda é escassa a pesquisa deste corpo silicoso, sendo que os primeiros estudos datam da década de 1960 (LABOURIAU, 1963, 1966; CAMPOS;
LABORAIAU, 1969). Mais recentemente podem ser citados os estudos de Medeanic et al.