16 ESCATOLOGIA
INTRODUÇÃO
Nota importante:
Apresentaremos nesta matéria as três Escolas Escatológicas mais conhecidas: Pré-milenar; Pósmilenar e A-milenar – Começaremos apresentando a visão escatológica chamada de Pré-milenar, ou seja, a visão em que Jesus volta antes do Milênio.
CAPÍTULO 1
A HERMENÊUTICA E A ESCATOLOGIA
Sendo a hermenêutica a responsável pelo estudo das regras de interpretação bíblica não seria possível deixa-la de fora de um trabalho como este, já que a escatologia trabalha em meio a muitas profecias e passagens de difícil compreensão, por isso precisaremos conhecer os dois principais métodos de
interpretação para que tomemos um caminho coerente nas Escrituras, e acima de tudo
não a deturpemos para provar teorias infundadas.
O alegorismo e o literalismo são hoje, os métodos mais utilizados sendo que o primeiro vem ganhando mais espaço entre os teólogos, espaço este antes dominado, quase em totalidade, pelo método literal.
1.1- O ALEGORISMO
O alegorismo tem suas raízes no platonismo e no alegorismo judaico, dois de seus defensores são Orígenes (185-254) escritor, teólogo e professor e Clemente de Alexandria que faziam parte da escola de Alexandria. Orígenes defendia que a interpretação era dividida em três aspectos o literal, ao nível do corpo, o moral, ao nível da alma, e o alegórico, ao nível do espírito. Clemente por outro lado defendia cinco pontos a serem usados para interpretação de um texto: o histórico, o doutrinário, o profético, o filosófico e o místico. Agostinho de Hipona reformulou os sentidos do alegorismo e os transformou em quatro: o sentido literal, o que o texto realmente quer dizer; o sentido moral, uma visão do texto que retratasse um ensinamento sobre conduta; sentido alegórico, como crer e em quem crer e de que maneira; o sentido anagógico, o que o texto promete ou representa para o futuro. Assim vemos que agostinho ao ler um texto tinha consciência de seu sentido literal, mas empregava outros mecanismos para que o texto dissesse