1580 - Portugal e os Habsburgo
A ligação do reino de Portugal aos Habsburgo antecedeu a sua integração naquela monarquia, pois antes do domínio Filipino já o rei D. Manuel tinha desposado (3º casamento) D. Leonor de Áustria, e o seu filho, D. João III (filho de D. Maria de Aragão) a irmã desta, D. Catarina de Áustria, ambas irmãs de Carlos V de Habsburgo.
Todos os filhos de D. João III morrem, por isso, depois da sua morte em 1557 o trono passa para o seu neto D. Sebastião, o qual, após um período de regência da sua avó Catarina de Áustria e do seu tio-avô (filho de D. Manuel, irmão de D. João III), o cardeal D. Henrique, o assume em 1568 com 14 anos de idade.
Por vários motivos (económicos, religiosos e estratégicos), o jovem rei efectuou uma expedição militar à cidade de Fez, no reino de Marrocos. Essa expedição traduziu-se numa estrondosa derrota na batalha de Alcácer-Quibir em 1578, na qual morreu o D. Sebastião. Isso levou a uma crise de sucessão, uma vez que o rei, solteiro, não tinha deixado descendentes directos. Pelos laços de sangue subiu ao trono em Agosto de 1578 o seu tio-avô D. Henrique, que já tinha exercido a regência na menoridade do seu sobrinho-neto.
Todavia sabia-se o seu reinado seria provisório pois D. Henrique já tinha uma idade avançada, não tinha herdeiros, e era um cardeal, por isso estava sujeito a votos de castidade, e o levantamento desses votos era improvável pois iria contra os interesses dos Habsburgo, e foram estes que colocaram o Papa Gregório XIII no Trono de São Pedro…
Perfilaram-se por isso vários candidatos para ocupar o trono após a morte de D. Henrique, de acordo com as regras de sucessão (grau de parentesco>varonia>idade): - D. Rainúncio, duque de Parma. Neto de D. Duarte (filho de D. Manuel, irmão de D.