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GESTÃOEscritórios de design econômico e arejado: o fim das mesas e da privacidade
10 de julho de 2013 * Recursos Humanos
Coisas que você encontrará ao chegar de manhã na GlaxoSmithKline no polo industrial de Navy Yard, na Filadélfia: uma sala tranquila para oração, uma sala panorâmica com vista para a cidade para reuniões de improviso, estações de trabalho que permitem ao usuário digitar num teclado enquanto caminha 2 km em uma esteira e grandes chances de topar com o CEO da empresa em algum momento do dia.
No entanto, existe uma coisa que você não encontrará em 19 m2 de espaço: sua mesa.
O design dos escritórios da GSK constitui uma nova abordagem do local de trabalho que privilegia a filosofia dos espaços abertos e usa um conceito chamado às vezes de hoteling. Todos os funcionários, inclusive a alta gerência, são distribuídos em "vizinhanças" — áreas ocupadas por empregados que realizam tarefas interligadas — mas ninguém tem uma mesa fixa. Os pertences pessoais ficam guardados em um armário pequeno.
Muitos empregados trabalham em pé em terminais de computadores. Todos são incentivados a se deslocar — a passar um tempo na lanchonete, no deck ao lado de um telhado repleto de plantas nativas ou a se sentar em um sofá numa sala tranquila ou no saguão. A ideia é que os encontros casuais promovam o diálogo e a colaboração, o que não acontece quando as mentes criativas ficam presas a uma única tarefa. Na GSK, as pessoas chamam isso de "trabalho inteligente".
Pode-se chamar também essa estratégia de contenção inteligente de custo. O novo design permitiu a GSK colocar o mesmo número de funcionários — 1.300 nessa unidade específica — num total de metros quadrados que é 1/3 do tamanho ocupado previamente.
A ideia de espaços abertos começou a chegar aos EUA vinda da Europa nos anos 50 e 60 e tem proliferado desde então. Contudo, com a abertura recente de algumas matrizes de empresas mais sofisticadas — Google, Facebook e Apple — muitas estão abraçando