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Universidade Luterana do BrasilTeoria e Prática do Estudo Bíblico – Anselmo Graff
Aluno: Cesar Motta Rios – 22/04/2015
Atividade Semipresencial 2: Lei e Evangelho em João 2.12-25
Jesus visita o Templo em Jerusalém em uma época de intenso movimento, perto da Páscoa. Ele se revolta contra o uso do espaço para negócios de todos os tipos e reage de forma contundente. Derruba bancas, espalha moedas, e expulsa pessoas e bichos. Em seguida, repreende verbalmente: “Não façam da casa de meu pai um mercado!”. A atitude de Jesus é a daquele que faz perceber o desvirtuamento da prática religiosa por meio de uma imposição. É a Lei que condena, aponta o erro e chama para a correção.
Quando, porém, é cobrado sobre um sinal que comprovasse a autoridade que tinha para fazer aquilo, Jesus se refere enigmaticamente à sua ressurreição. Nisso, o futuro leitor, e não os interlocutores do momento, são remetidos ao Evangelho. E mesmo o interlocutor do momento teria a oportunidade de se lembrar dessas palavras após a morte e o anúncio da ressurreição de Jesus e reconhecer o sinal.
Além disso, no decorrer do texto, somos informados de que Jesus realiza ali sinais miraculosos que são vistos por muitos, os quais, com isso, creem nele (v. 23). Essa disponibilidade de Jesus para fazer-se crido é mostra do Evangelho, que não coloca obstáculos, mas sim um convite aberto a todos.
O Evangelho é disponibilizado no corpo de Jesus Cristo, derrubado e reerguido, não no Templo, que haveria de ser somente derrubado. É no corpo de Jesus Cristo que está o meio correto para o culto, o caminho perfeito para Deus, e não em uma edificação de pedra. Isso também é Evangelho, na medida em que livra o pecador de um alto preço a ser pago com preparativos rituais, e de um grande esforço a ser dispendido com idas a um lugar específico. A disponibilidade plena do Evangelho em qualquer lugar é algo novo.