1397 Origens Estrat Gia
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CAPÍTULO 1
As Origens da Estratégia
Se quisermos elevar o rendimento de cereais em determinado campo e a análise mostra que o solo carece de potassa, pode-se dizer que este é o fator estratégico (ou limitante).
— Chester I. Barnard
O termo “estratégia” . . . pretende focalizar a interdependência das decisões dos adversários e de suas expectativas a respeito do comportamento de uns e de outros.
— Thomas C. Schelling
A estratégia pode ser definida como a determinação das metas e de objetivos básicos a longo prazo de uma empresa bem como da adoção de cursos de ação e a alocação dos recursos necessários à consecução dessas metas.
— Alfred D. Chandler, Jr.
Este capítulo revê a história do pensamento estratégico a respeito de negócios durante a década de
70. A perspectiva histórica, que é mantida em todo este livro, é atraente por, no mínimo, três razões:
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A despeito de tentativas criteriosas ao longo das décadas para se definir “estratégia” (ver as citações no início deste capítulo), muitos manifestos continuam a surgir pretendendo redefinir o termo.1 Portanto, seria idiossincrático começar jogando mais uma definição sobre essa pilha. O exame da história das idéias e práticas estratégicas constitui uma abordagem menos arbitrária do estudo de estratégia.
A perspectiva histórica organiza as concepções mutáveis de estratégia vislumbradas ou desenvolvidas pelos participantes desta área — acadêmicos, gerentes e consultores —, permitindo que identifiquemos padrões naquilo que poderia parecer uma mistura caótica de idéias. Padrões deste tipo estão evidentes em todos os capítulos deste livro: evolução em conjunto com o ambiente, o desenvolvimento e a difusão de determinados paradigmas estratégicos, mudanças de paradigmas, reciclagem de idéias anteriores e assim por diante.
De forma mais ambiciosa, a idéia de dependência do caminho (um dos pontos de encontro dos estrategistas acadêmicos desde meados dos anos 80) sugere que a