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Revista
Didática Sistêmica
SEMESTRAL ISSN: 1809-3108
Volume 6, julho a dezembro de 2007
RESENHA CRÍTICA
Platão. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.[Coleção Os pensadores]
O BANQUETE
ADVERTÊNCIA
Luciana Roso de Arrial1
Esta resenha pontua uma leitura d’O Banquete de Platão, Diálogo consagrado ao deus Eros, com suas lições, metáforas, valores e conceitos que se transformaram em alguns dos modelos compreensivos de amor, passando a fazer parte da nossa cultura. Esta busca é uma retomada, da vinculação estabelecida por Platão entre Eros e Logos, assentando seus limites e seus fundamentos no discurso de personagens atenienses, em que se firmam as articulações da busca erótica com o movimento dialético. Platão nos enuncia tanto sua teoria da Participação quanto sua teoria do Amor, intermediário entre o sensível e o inteligível, os homens e os deuses, as Idéias e suas manifestações. A resenha que ora apresento não substitui a leitura que o leitor atento deverá realizar sobre a referida obra, cuja riqueza da mesma transcende esse propósito de contribuir para o resgate da cultura clássica que nos forjou.
1 Mestranda em Educação Ambiental – PPGEA, FURG – Arquiteta e Urbanista pela UFPEL. Endereço eletrônico: luarrial@ig.com.br
RESENHA
Platão baseou-se nos personagens da época para escrever O Banquete, tais como o comediante Aristófanes, o poeta Agatão, o médico Erixímaco, entre outros, a fim de servirem de interlocutores ao seu discurso sobre o Amor, uma consagração a Eros.
A narrativa ocorre através de uma conversa entre Apolodoro e um Companheiro, sobre um banquete ocorrido na casa de Agatão, poeta ateniense. Tal jantar ocorrera muitos anos antes da narração de Apolodoro, que tomou conhecimento de tal fato através de Aristodemo, um dos presentes naquele encontro.
"O Banquete" de Platão (428/27 – 347 a.C.) trata de uma confraternização durante o qual alguns atenienses tentam explicar