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Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira (2)
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Elizabethe Cristina Fagundes de Souza
Introdução
“A saúde é um direito de todos e um dever do Estado”. Esta frase, cunhada na atual
Constituição Brasileira (1988) pode ser considerada como a representação de uma das maiores conquistas da sociedade brasileira no campo das políticas sociais.
Mas por que, somente em 1988 este direito foi conquistado? Por que a saúde deve ser direito de todos? Por que o Estado tem que suprir seus cidadãos com assistência à saúde? E, mais ainda, por que isto não está acontecendo no Brasil?
Como sabemos, a saúde do brasileiro vai mal, e aliado a isso, um sem número de indicadores sociais coloca o Brasil numa das mais vergonhosas posições no cenário mundial. Ocupamos há vários anos o posto de número um do mundo em pior distribuição de renda, ou seja, o fosso entre os muito ricos e os muito pobres é cada dia maior. Convivemos com doenças há muito erradicadas em outras nações, temos uma taxa de analfabetismo altíssima (cerca de 28 milhões de pessoas não sabem ler), mais de dois terços da população não dispõe de renda suficiente para assegurar o acesso a condições dignas de vida. Sessenta em cada mil crianças que nascem, morrem antes de completar um ano de vida e perto de trinta e dois milhões de brasileiros passam fome.
Inúmeras razões podem ser apontadas como causas deste quadro as quais, em sua maioria têm sua discussão mais aprofundada situada além dos limites deste texto. É fato, contudo, que as condições de saúde de uma população são um reflexo de como são estabelecidas as relações entre o Estado e a sociedade. Uma das formas de expressão dessa relação Estadosociedade são as Políticas Sociais, nas quais estão incluídas as Políticas de Saúde.
Neste sentido, para que seja possível compreender o quadro atual da saúde no Brasil, tornase necessário definir todos estes termos, bem como nos remetermos