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PÔR AMOR E FORÇA: Rotinas na Educação Infantil.Entrevista realizada com a Profª Maria Carmem Silveira Barbosa pelas acadêmicas: Aline Nunes Ricci
Fabiana Gonçalves
Geisyara Morgana Borges
Josiana Piccolli
Simone da Silveira
Em conversa informal com a professora Maria Carmen, por ocasião do Seminário de comemoração aos 20 anos do Núcleo de Desenvolvimento Infantil – NDI/UFSC - A infância sob um olhar multidisciplinar, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco sobre a tese de doutorado dela e sobre as considerações que faz a respeito da rotina na
Educação Infantil.
O TEMA
Maria Carmen: Meu trabalho de Doutorado é relacionado à rotina na escola. A questão da rotina para mim como educadora era difícil porque eu sempre fui uma pessoa meio desorganizada. Em função dessa minha inabilidade de lidar com horários e o descontrole
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que a rotina fazia sobre minha vida, resolvi escolher um tema que na supervisão de estágio inquietava também as alunas, pois haviam escolas que tinham rotinas pré-determinadas, igual para todas as classes, do berçário aos seis anos. Penso que isso é um absurdo, porque as necessidades das crianças são diferentes. Aí eu resolvi colocar esta questão, só que eu não queria fazer um estudo da rotina dentro da escola.
QUESTÕES INICIAIS
Maria Carmen: A minha primeira pergunta era: Por que é que se organiza o trabalho pedagógico em torno da rotina na educação infantil?
Comecei a levantar hipóteses: Será que isso é uma herança da puericultura, será que é uma herança do higienismo?
Então, resolvi pesquisar na história e compreender como é esta questão de se constituir uma vida rotinizada.
OS PRIMEIROS ACHADOS
Até a modernidade as crianças e velhos ficavam todos juntos nos grandes asilos, nos hospitais, não existia o específico. Foi exatamente na modernidade que surgiram essas instituições todas, aí é que vai se trabalhar com o específico: hóspede vai para hotel; louco para hospício; doente para hospital. Pode-se ver que a raiz de tudo é ho, tudo a