111111111111111111111111111111111111111
Erro - Retirar dos oceanos mais do que eles são capazes de dar e repor.
Quem - A indústria mundial da pesca.
Quando - A partir dos anos 50.
Consequências - Espécies à beira da extinção, desequilíbrio ecológico, colapso dos estoques pesqueiros e impacto socioeconômico sobre populações que dependem dos mares para sobreviver.
Os estoques pesqueiros mundiais estão entrando em colapso. Estima-se que a indústria pesqueira recolha dos mares a cada ano algo em torno de 30 milhões anuais de pescado para o consumo humano. Nesse ritmo, muitas espécies de alto valor comercial podem desaparecer. E tudo leva a crer que isso não deva demorar muito para acontecer. Os cientistas acreditam que, nos próximos 50 anos, a maioria das espécies hoje ameaçadas poderá estar extinta com consequências ambientais e econômicas bem difíceis de prever.
A pesca começou a virar problema nos anos 50, com o desenvolvimento de equipamentos e técnicas que permitiram aos barcos localizar cardumes com mais precisão e capturá-los em maior quantidade. De lá para cá, a atividade pesqueira em escala industrial já provocou, nas contas da organização americana Save the Seas, uma redução superior a 90% nos estoques comerciais em todo o mundo. Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) divulgado no início de 2011, dos 23 estoques mundiais de atum, a maior parte (mais de 60%) já foi totalmente explorada, alguns estão super explorados ou esgotados (35%), e só um pouco (cerca de 5%) parece estar subaproveitado. A situação de tubarões também é preocupante. Estima-se que a população mundial desses animais tenha sido reduzida a apenas 10% do que era no início da década de 1970. Mesmo assim, mais de 70 milhões de tubarões são capturados todo ano, principalmente para abastecer o mercado asiático de barbatanas.
O impacto ambiental da redução drástica na população de espécies já podem ser sentidos em vários lugares. Um exemplo