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Enfrentamento do 2º choque do petróleo e do choque de juros.
Estratégia de enfrentamento:
Preservação da estrutura empresarial e restauração do equilíbrio das contas externas (CC).
A despeito desta estratégia a economia brasileira mergulhou em crescente instabilidade e indeterminação de trajetória. A política monetária contribuiu para desorganizar a economia e acelerar as expectativas inflacionárias.
1. O período foi caracterizado por forte instabilidade das taxas de juros e desalinhamento dos indexadores:
Maxi de 1979 (30%)
Prefixação da taxa de câmbio em 45% para 1980
Prefixação da correção monetária em 50% para 1980
Nova maxi em 1983 (30%)
Taxas de juros elevadas entre 1981 e 1984
Na segunda metade dos anos 80 são aplicados choques de estabilização
2. o ajustamento introduziu o risco de crédito na economia:
Pois ampliou a incerteza quanto às taxas de juros e indexadores
Contraiu drasticamente o crédito doméstico
3. o ajustamento deliberadamente provocou a recessão:
Acirrou-se o processo inflacionário por um processo de ajuste de mark-up por parte das grandes empresas
Um custo elevado foi debitado ao Estado através de isenções, incentivos fiscais e subsídios concedidos ao setor privado e pela assunção da dívida externa
Provocou renúncia fiscal
A origem da crise fiscal e do endividamento público está inteiramente ligada ao ajuste privado.
A Política Monetária após o Ajuste e a Moeda Indexada (1985-1989)
A política monetária foi dominada pelo objetivo de impedir a explosão inflacionária. A gestão monetária se sobrepõe às crises fiscal e de financiamento.
Indexou-se a economia diariamente após 1985 (LBC, LFT, BTN). Houve a separação das funções da moeda:
A função de troca ficou para a velha moeda corroída pela inflação
A moeda indexada (o dinheiro financeiro) tornou-se a base de lucros extraordinários para bancos, empresas e grandes aplicadores e fez o papel de reserva de valor
A dívida