11 teses sobre Feuerbach, Análise Completa.
TESE 1
Marx, ao criticar Feuerbach, contesta a conclusão hegeliana: “aquilo que é racional é real e aquilo que é real é racional”, colocando, assim, a realidade como sendo produto do puro pensar racional, desmembrada, portanto, da atividade sensível humana. O materialismo de Feuerbach só consegue apreender o mundo como objeto ou intuição e não como atividade humana.
TESE 2
Ele realiza uma revolução na teoria do conhecimento, tanto da que se inspira no idealismo quanto na que se inspira no materialismo, na medida em que recusa definitivamente qualquer separação entre sujeito e objeto. Em sua mais simples significação, ela diz isto: o pensamento é da ordem da prática; ele é inconcebível e inapreensível sem a prática, o pensamento é a prática.
TESE 3
Esta tese trata mais especificamente da autotransformação como um processo contínuo da revolução, sempre em andamento na prática. É o movimento da transformação da sociedade pelo homem, que se transforma a si mesmo neste único movimento dialético.
TESE 4
Aqui, passamos da crítica da “doutrina materialista das mudanças das circunstâncias e da educação” à crítica da doutrina materialista da religião. Marx refuta a idéia da “reduplicação” do mundo mundano num mundo celeste. Este último deve ser compreendido, também, em sua contradição quando revolucionado praticamente. É aqui que podemos ver, em Marx, a religião enquanto uma ideologia.
TESE 5
À intuição divina, Feuerbach propõe a intuição sensível, porém esta se mantém ainda contemplativa, porquanto não deixou de ser intuição, destituída do caráter humano do sensível.
TESE 6
Nesta tese Marx opõe o conceito de “essência humana” em abstrato de Feuerbach ao conceito de essência real (efetiva). Ao conceito de “indivíduo” opõe o de “relações sociais”. Feuerbach, por abstrair o curso da história real, a