11 De setembo
"Eram 10h30 quando o edifício da esquina da Murray Street com West Broadway começou a tremer. No subsolo, parecia que um terremoto em escala jamais sentida em Nova York estava em furioso progresso. Mas as mães, chefes de família e repórteres, sujos de poeira, sabiam perfeitamente que aquela não era uma catástrofe da natureza. "Outra Bomba!", alguém gritou. Pandemônio: a pequena multidão saiu correndo escada acima para ganhar a rua. Um erro do qual se arrependeriam. Na West Broadway, uma das artérias da zona nova-iorquina de Tribeca, estava sendo engolfada pelo que parecia um maremoto de pesadelo. Uma gigantesca onda cinza avançava em alta velocidade por toda a vizinhança. Não era composta de água, mas de entulhos, cacos de vidro, estilhaços de madeira, projéteis de ferro, papéis e, imagina-se, pedaços de carne humana. Ratazanas enormes, como figuras de desenho animado, fugiam enlouquecidas. O vento quente foi o primeiro a atingir aqueles que não conseguiram correr no fluxo do caos, no rumo norte. Uns caíram, outros se jogaram atrás de carros. Depois, veio a muralha sólida dos escombros de um prédio que momentos antes tinha 110 andares. É difícil saber quantos se feriram naquele instante. A escuridão que encobriu o sul da cidade era tão intensa que tornava impossível enxergar as próprias mãos. O ar desapareceu: foi substituído por uma atmosfera sufocante. Tão sólida que poderia ser varrida do espaço, como se faz a um chão imundo. Durante o resto daquele 11 de setembro, terça-feira negra, não se conseguiu mais um respiro de alívio. Quando a poeira baixou um pouco, muito tempo depois, o skyline de Manhattan havia sido modificado de modo definitivo. Os maiores prédios desta cidade de arranha-céus – as duas torres do World Trade Center, as Twin Towers – sumiram do mapa."
Uma das mais ousadas e cruéis ações terroristas de toda a História aconteceu m 11 de setembro de 2001. Nesse dia, o mundo inteiro parou para acompanhar o