100 anos
Carros A mobilidade dos portugueses mudou muito, como seria de se esperar. As cem mil carroças que existiam em Portugal em 1916 já não se vislumbram. À época havia registo de 3211 carros em circulação no país - o que representava um carro para 1692 habitantes. Este era, sem dúvida, um luxo das famílias abastadas e com empresas. Nos tempos de agora, basta olhar pela janela de uma cidade como Lisboa para se ter a certeza que a realidade mudou completamente. Os dados de 2009 da Anecra apontam para 6,3 milhões de veículos a circular nas estradas nacionais, dos quais 5,4 são ligeiros,o que dá cerca de um carro para cada dois portugueses.
Médicos No início do século passado, os hospitais eram usados pelos pobres, pois os ricos recebiam as visitas médicas necessárias em casa. O acesso a consultas fora dos centros urbanos era precoce, muito mais do que actualmente em termos comparativos. Em 1908 havia registo de 471 médicos. A média em Lisboa era de um médico para 900 habitantes e no Porto a situação registada era de um médico para 800 habitantes. Actualmente, de acordo com dados do INE, o rácio de médicos por mil habitantes era de 3,6 em 2007.
Média de vida Os avanços na medicina beneficiaram a média de vida dos portugueses e verificou-se também uma acentuada melhoria na taxa de mortalidade infantil, que em 1910 era de 14,6 por cento, vindo a aumentar em flecha nos anos seguintes, tendo registado em 1918, por exemplo, um pico de 46,5 por mil nascimentos. Os dados de 2006 apontam para 3,3 óbitos por mil nados vivos. A média de vida está nos 78,4 anos.
Escolaridade Em 1910 o analfabetismo entre maiores de sete anos correspondia a 69 por cento. Actualmente, ainda existe em Portugal mais de nove por cento de analfabetos, o que corresponde a cerca de um