10 Novas competências para ensinar
NOVAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PARA ENSINAR
Com a prática reflexiva, a profissionalização, o trabalho em equipe e por projetos, autonomia e responsabilidade crescentes, pedagogias diferenciadas, centralização sobre dispositivos e situações de aprendizagem, sensibilidade à relação com o saber e com a lei, é definido um roteiro para um novo ofício. A especialização, o pensamento e as competências dos professores são objetos de inúmeros trabalhos, inspirados na ergonomia e na antropologia cognitiva, na psicologia e na sociologia do trabalho e na análise das práticas. Os professores devem dominar os saberes a serem ensinados, ser capazes de dar aulas, de administrar uma turma e de avaliar, administrar a progressão das aprendizagens, ou envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. Um trabalho aprofundado sobre as competências consiste primeiramente, em relacionar cada uma delas a um conjunto delimitado de problemas de tarefas e em seguida, arrolar os recursos cognitivos mobilizados pela competência em questão. Não existe uma maneira neutra de realizar esse trabalho, porque a própria identificação das competências supõe opções teóricas e ideológicas e, portanto, certa arbitrariedade na representação do ofício e em suas facetas. O ofício muda. Suas transformações passam principalmente pela emergência de novas competências ou pela acentuação de competências reconhecidas, julgadas prioritárias por serem coerentes com o novo papel dos professores, com a evolução da formação contínua, com as reformas da formação inicial, com as ambições das políticas educativas. As competências não são saberes, mas mobilizam, integram e orquestram recursos. O exercício da competência passa por operações mentais complexas, subentendidas por esquemas de pensamento e realizar uma ação adaptada à situação. Cada competência possui ferramentas de trabalho. O professor, utilizando cada uma dessas ferramentas no processo de aprendizagem,