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Econômico
Prof. Ricardo Feijó
A ESCOLA HISTÓRICA
A Economia Política clássica de Ricardo e Mill tem uma posição destacada na evolução das idéias econômicas e pode-se considerá-la a principal vertente no pensamento teórico e doutrinário desta disciplina no século XIX.
Entretanto, não se pode esquecer de outras contribuições para a ciência econômica que, embora com alguma influência do legado de
Adam Smith, não participam do classicismo nem compartilham com ele os mesmos elementos teóricos, conceituais e metodológicos. Pelo contrário, fazem-lhe oposição sistemática ou simplesmente ignoram a escola clássica.
Alternativa aos clássicos
A principal alternativa aos clássicos foi a escola histórica de Economia, especialmente importante no contexto alemão.
Nesse período, o pensamento historicista dominou amplamente as escolas na
Alemanha. Tal fato é especialmente importante levando-se em conta a grande tradição acadêmica desse país.
A Economia clássica, de grande domínio e autoridade na Inglaterra, não havia, de fato, conquistado prestígio similar em toda a
Europa.
Divisões no pensamento econômico
O pensamento econômico ao longo do século XIX encontra-se bastante dividido entre diferentes doutrinas econômicas que disputavam hegemonia entre os países europeus.
Essa segmentação da ciência era reforçada diante da escassa comunicação entre a Inglaterra e o continente europeu.
Particularmente, entre 1840 e 1860, auge do classicismo na Inglaterra, praticamente não se verifica intercâmbio de idéias entre uma região e outra. É notório o isolamento da Economia
Clássica Inglesa no período.
Recepção dos clássicos em outros países
Na França, o classicismo tornou-se conhecido pela obra de J. B. Say, mas em geral os franceses não foram muito influenciados por
Ricardo e Mill.
A. Comte, notável pensador francês, trocava correspondência com Mill, conhecia-o, mas
criticava