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Trata-se de propor ao receptor dados e interpretações susceptíveis de alargar a sua experiência da obra de arte, competindo à crítica, nas suas diferentes formulações, auxiliar a estabelecer o contexto de recepção mais rico e apropriado. O critério essencial será o rigor, tanto ao nível da escolha de informação capaz de contextualizar a obra em causa, como no interior de um dado momento da história de arte, ou ainda, no percurso do artista.
Enquanto instância de mediação, o texto crítico é parte do processo de produção da própria obra ao nível semântico, é a tradução para o plano verbal de uma dada experiência da ordem predominantemente não-verbal, que estruturalmente se divide em quatro momentos: contextualização, descrição, interpretação e, por último, avaliação.
O primeiro momento caracteriza-se por uma introdução acerca do artista que realizou a obra, isto, para que o espectador ingresse no contexto em que foi realizada. Já a descrição, é pensada por Terry Barrett segundo três níveis: o conteúdo, o médium e a forma. Ele defende que a forma é o elemento determinante na avaliação de uma obra de arte, pois ao nível da recepção por parte do espectador, a forma é apreensível, ou seja independente do conteúdo, por outro lado, já este não o é da forma.
Interpretar, o terceiro momento, implica identificar ou propor um sentido para a realidade que é apresentada. A noção ou a prática de