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Existem duas formas de memórias coletivas e histórias: os monumentos
(herança do passado), e os documentos (escolha do historiador).O monumento é aquilo que se remete ao passado, guardando recordações, possuindo o poder de perpetuação das cidades históricas e reenviando seus testemunhos. O documento é o fundamento do fato histórico, existindo a partir da decisão do historiador. Seu objetivo se opõe a intenção do monumento, sendo um testemunho escrito, uma prova histórica.
Todo historiador acredita que é indispensável o documento para a história acontecer, pois se os fatos não forem registrados, os mesmos se perderam. Onde é declarado na obra L'histoire et ses méthodes: "Não há história sem documentos".
Porém os dados do documento não se modificam, somente seu conteúdo é ampliado e enriquecido. Vale ressaltar que o documento não é necessariamente escrito, e sim ilustrado, por som, imagem, ou de qualquer outra forma.
A partir dos anos 1960 ocorre uma verdadeira revolução documental, sendo uma revolução quantitativa e qualitativa, onde o interesse pela memória histórica acontece em todos os homens, abrindo uma nova hierarquia mais ou menos implícita dos documentos. Com o passar do tempo o computador entra em cena, fazendo com que a revolução promova uma nova unidade de informação, onde se torna necessário novos arquivos, cujo são armazenados no banco de dados.
O documento passa a ter uma crítica mais radical, criando novas relações entre documento e monumento, onde o documento se torna um monumento por sua utilização pelo poder. Não podendo esquecer que o documento é um produto que a sociedade fabricou, a memoria coletiva, fazendo com que o historiador tenha capacidade de usa-lo cientificamente.
O historiador que procura uma historia total deve repensar a própria noção de documento, sendo o resultado de uma montagem da historia da época, da sociedade, e das épocas sucessivas, pois o resultado