1) A) segundo sahlins, qual teria sido a sociedade afluente original e que evidencias são apresentadas para sustentar essa hipótese? b) em que sentido o texto a sociedade afluente original se constitui como uma crítica à razão prática?
Para o autor, a sociedade afluente original era a sociedade de caçadores e coletores do período neolítico. Ao contrário do que os neo-evolucionistas acreditavam, estas sociedades partem do pressuposto da abundância e não da escassez. Em razão disso, neste texto, o autor apresenta sua teoria contrária à este pressuposto. Neste trabalho, somos apontados aos motivos que faziam com que esta sociedade não utilizasse a lógica do acúmulo, tão difundida pela sociedade capitalista.
Uma das razões se dá de maneira bastante simples, pois por serem nômades, não podiam ter acúmulo de coisas para transportarem, visto que isto afetaria seu processo migratório. E os neo-evolucionistas encontraram neste comportamento a explicação equivocada para a ausência de acúmulo nestas sociedades, chegando a caracterizá-los como um povo incapaz de possuir valores culturais e estéticos ou classificando-o como um povo que vivia em escassez.. SAHLINS nos aponta que nestas sociedades havia alto nível de organicidade o que garantia a sobrevivência do grupo.
Como exemplo desta organização, havia o controle de natalidade, o número limitados de pessoas nos grupos e também a prática de abandono dos velhos. Tais ações eram tomadas visando garantir a constante mobilidade dos grupos.
Acredito que a crítica contida no texto e desenvolvida pelo autor, refere-se ao contraponto das concepções sobre o que é uma sociedade de escassez e abundância. No conceito comum, a sociedade de caçadores e coletores era vista em um contínuo esforço pela sobrevivência, onde o trabalho era constante e não havia tempo para lazer ou para a construção cultural e portanto impossibilitando-o de acumular excedente.
Tal lógica está baseada em um conceito de vida capitalista, onde o