1 Sintese Historia Social Da Crianca No Brasil
As instituições de Educação Infantil fazem parte de um contexto social e histórico, portanto, é importante conhecer um pouco da trajetória das concepções relacionadas à infância dentro das sociedades, ao longo dos tempos, para entender a atual situação e adequar a ação pedagógica.
Antes do Renascimento, não havia preocupação e atenção com as crianças pequenas.
A infância começa a receber atenção na medida em que os problemas relacionados ao abandono, aos elevados índices de mortalidade e, principalmente, à criminalidade infantil começam a incomodar a sociedade.
Não havia conhecimento sobre a infância como uma fase da vida do ser humano – a vida, em sua fase inicial tem pouco valor.
Havia negligência das famílias, falta de higiene, de saneamento básico, crenças sobre os cuidados para a cicatrização do umbigo, alimentação inadequada, pouca idade da mãe para dar à luz.
A falta de cuidados para a criança colaborava para os altos índices de mortalidade e demonstrava o descaso com a infância – as famílias de poder aquisitivo mais elevado não se ocupavam de seus pequenos – não é um problema dos tempos modernos.
Era alta também a quantidade de crianças que morriam no seio de famílias zelosas, pois não havia vacina, muitas doenças eram desconhecidas e ninguém sabia como tratar.
As crianças, principalmente os filhos de escravas, eram largadas, pois as mães retornavam aos trabalhos, geralmente, em três semanas após o parto.
A Lei do Ventre Livre não melhorou a situação, pois acabou provocando o abandono de muitas crianças, uma vez que os donos de engenho não queriam arcar com as despesas dos pequenos que não seriam, no futuro, seus escravos.
Criação das casas dos expostos: instituições que possuíam rodas dos expostos.
Somente em 1960 ocorrem mudanças significativas de assistência à infância.
Constituição (1988): explicitados direitos do cidadão que incluem a criança e o adolescente, bem como a responsabilidade das famílias