1 INTRODU 1
De acordo com Martinez (2001), um dos contextos significantes da contabilidade é o resultado (lucro / prejuízo), o qual é de interesse de diversos usuários da informação contábil. É com esses dados que, muitas vezes, se avaliam o desempenho das empresas. No entanto, parte desse resultado pode decorrer de ajustes contábeis de natureza discricionária, ou seja, de ajustes livres de condições, o que ocasiona a não correlação com a realidade do negócio. Tais ajustes, em geral, seriam motivados por influências de partes externas à empresa, que levam seus gestores a direcionarem os resultados contábeis da forma que desejam.
Até então, não temos necessariamente um problema, afirma Martinez (2001), já que na própria teoria contábil existem possibilidades de diferentes resultados, o que depende de diversos fatores, inclusive do fator da abordagem que o contador destine à informação e à qual o usuário está envolvido. Assim, nesse sentido de assimetria de informações, não há como evitar o risco de que os resultados conduzidos pela gestão sejam apresentados fora da realidade, em se tratando do esperado pelos usuários da informação contábil.
No estudo apresentado por Lopes e Martins (2005), esses autores argumentam que o Gerenciamento de Resultados não provém de comportamentos oportunistas por parte dos gestores, e sim de necessidades de melhorias na qualidade informacional. Isso faz com que consequentemente valorize-se o resultado das entidades na concepção do mercado. Essa definição é caracterizada por pesquisas que assumem que o gerenciamento maximiza o valor dos resultados.
Por outro lado, também há estudos que exemplificam a existência de oportunismo por parte dos gestores e que visam a obter vantagens ao efetuar o gerenciamento. Tais estudos apontam que esse comportamento traz consequências desastrosas para o valor e para a imagem da firma, interfere nas decisões dos usuários externos e afetam a qualidade informacional (OLIVEIRA; ALMEIDA; LEMES, 2008).
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