1 CFSB 1 2009
DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
EXAME DE ESCOLARIDADE DO EXAME DE ADMISSÃO AO
CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – CFS B1/2009
GRUPOS I E II DE ESPECIALIDADES
Gabarito Oficial
CÓDIGO DA
PROVA
06
AS QUESTÕES DE 01 A 25 REFEREM-SE
À LÍNGUA PORTUGUESA
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Conhecimento e Religião
Artur Diniz Neto
Os cientistas não são indivíduos diferentes de nós, que vêem tudo o que não vemos; realmente, eles enxergam um pouquinho do que não conseguimos enxergar, embora ignorem a imensidão do desconhecido, na qual estamos mergulhados. É por isto que já se afirmou com razão que “a ciência é uma vela na escuridão”. De fato ela ilumina pouco ao redor de nós, deixando tudo o mais na escuridão da ignorância e da necessidade.
Num congresso realizado em Nova Iorque, em
1956, os cientistas assinaram uma declaração dizendo que o “vazio absoluto” não deixa de ser uma parte integrante de nosso universo, este universo em que se acham estrelas, homens e átomos. Por outras palavras, queriam eles dizer que a matéria de nosso universo estende tentáculos invisíveis, prolongamentos por toda a parte do vazio. Isto significa dizer que o vazio não é vazio e que os corpos não são separados, distintos, distantes, mas contíguos. Muitos anos antes disso, um sábio chamado Loren Eiseley já admitia uma infinda ponte de infinitas formas de seres. E formulou a idéia de rara profundidade e grande inspiração: “é impossível colher uma flor sem ofender uma estrela”.
Se os homens entendessem bem este conceito, suas ações, reações e interações seriam muito diversas.
A idéia de contigüidade de tudo não é nova. Já havia sido externada por Charles Hoy Fort, por volta de 1910, mas, naquela época, os cientistas eram impertinentes e intolerantes: descartavam, sem mais exame, qualquer idéia conflitante com os conceitos oficialmente aceitos.
Há pouco, os jornais noticiaram que a Física chegou a uma descoberta que revoluciona