1 Caracterização Uma das matérias-primas essências e utilizadas em quase todos os tipos de produtos cerâmicos é a argila. Este por sua vez, é material bastante heterogêneo, cujas características dependem da formação geológica e da localização de sua extração o que evidencia a necessidade de estudos de caracterização de modo a se ter o adequado conhecimento das características das jazidas, a fim de extrair o seu real potencial tecnológico poupando esforços e economizando recursos, com o aproveitamento de recurso mineral de forma otimizada (Menezes et al,2009) O Brasil dispõe de importantes jazidas de minerais industriais de uso cerâmico, cuja produção está concentrada principalmente nas regiões sudeste e sul, onde estão localizados os maiores polos cerâmicos do país. No entanto, outras regiões têm apresentado certo desenvolvimento dessa indústria, em especial o nordeste, devido, principalmente, à existência de matéria-prima, energia viável e mercado consumidor em desenvolvimento (ANFACER, 2012; BNB 2010). De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento – ANFACER, o Brasil está entre os principais produtores mundiais de cerâmica, atrás da China (com 3,5 bilhões de m²) e da Espanha (com 685 milhões de m²), com produção de 637 milhões de m², ultrapassando as produções da Itália (563 milhões de m²) e Índia (360 milhões de m²) (ANFACER, 2007). Já no setor de cerâmica vermelha, segundo a ANICER (2009), é formada por cerca de 5.500 estabelecimentos fabris, considerando apenas as empresas que dispõem de equipamentos de extrusão, distribuídos amplamente por todo território nacional, mais concentrados nas regiões Sudeste e Sul. O volume de produção anual é da ordem de 76 bilhões de peças, grosso modo dividido em 85% de blocos, lajotas e pisos, e 15% de telhas, o que perfaz um faturamento anual da ordem de R$ 6 bilhões (US$ 2,5 bilhões). Porém, com todos os avanços no setor de cerâmica