1 Capitulo Do TCC
Nesse artigo a autora teve como objetivo apresentar uma reflexão sobre a instrumentalidade no exercício profissional do assistente social, onde ela refere-se à instrumentalidade como um determinado modo de ser que a profissão adquire no interior das relações sociais. E como uma propriedade sócio-histórica, possibilita o atendimento das demandas e o alcance de objetivos. Para que a intervenção dos assistentes sociais não seja fragmentada, mas que possam modificar, transformar e alterar tanto o cotidiano profissional, quanto o cotidiano das classes sociais, dando instrumentalidade a suas ações. Segundo Yolanda Guerra, a instrumentalidade é condição concreta de reconhecimento da profissão, pois considera que todo trabalho social possui instrumentalidade. Ela acredita que é pelo processo de trabalho que os homens transformam a si mesmo e aos outros, pois esse processo implica manipulação, domínio e controle de uma matéria natural que resulte na sua transformação. E é a esse conjunto de atividade humana que a autora define como práxis, que o desenvolvimento do trabalho exige o desenvolvimento das próprias relações sociais e o processo de reprodução social como um todo. Se trabalho é relação homem-natureza, e práxis é o conjunto das formas de objetivação dos homens (incluindo o próprio trabalho) num e noutro os homens realizam a sua teleologia. Toda postura teleológica encerra instrumentalidade, o que possibilita ao homem manipular e modificar as coisas a fim de atribuir-lhes propriedades verdadeiramente humanas, no intuito de converterem-nas em instrumentos/meios para o alcance de suas finalidades. Converter os objetos naturais em coisas úteis, torná-los instrumentos é um processo teleológico, o qual necessita de um conhecimento correto das propriedades dos objetos. Nisso reside o caráter