09 F Simples Secao T
Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos.
Setembro de 2004.
FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: SEÇÃO T
9.1
SEÇÃO T
Até agora, considerou-se o cálculo de vigas isoladas com seção retangular,
mas nem sempre é isso que acontece na prática, pois em uma construção podem ocorrer lajes descarregando em vigas (Figura 9.1). Portanto, há um conjunto lajeviga resistindo aos esforços. Quando a laje é do tipo pré-moldada, a seção é realmente retangular.
Figura 9.1 – Piso de um edifício comum – Laje apoiando-se nas vigas
9.2
Ocorrência
Esse tipo de seção ocorre em vigas de pavimentos de edifícios comuns, com
lajes maciças, ou com lajes nervuradas com a linha neutra passando pela mesa, em vigas de pontes (Figura 9.2), entre outras peças.
Figura 9.2 – Seção de uma ponte
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas
9.3
Flexão simples na ruína: seção T
Largura Colaborante
No cálculo de viga como seção T, deve-se definir qual a largura colaborante
da laje que efetivamente está contribuindo para absorver os esforços de compressão. De acordo com a NBR 6118, a largura colaborante bf será dada pela largura da viga bw acrescida de no máximo 10% da distância “a” entre pontos de momento fletor nulo, para cada lado da viga em que houver laje colaborante.
A distância “a” pode ser estimada em função do comprimento L do tramo considerado, como se apresenta a seguir:
•
viga simplesmente apoiada ......................................................a = 1,00 L
•
tramo com momento em uma só extremidade ........................a = 0,75 L
•
tramo com momentos nas duas extremidades .........................a = 0,60 L
•
tramo em balanço.....................................................................a = 2,00 L
Alternativamente o cálculo da distância “a” pode ser feito ou verificado mediante exame dos diagramas de momentos fletores na estrutura.
Além disso, deverão ser respeitados os limites b1 e b3 conforme a