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Mulheres do Sertão Nordestino – Mulher Instruída Minha apresentação está focada no texto de Miridan Knox Falci, História da mulher do sertão nordestino, na categoria que a autora intitula de Mulher Instruída, sob a perspectiva da história da escritora e poetiza Amélia de Freitas Baviláqua que nasceu na Região Nordeste no fim do século XIX. Não bastasse a época e o gênero, a região, o sertão nordestino, cheio de hierarquias rígidas, gradações reconhecidas: em primeiro lugar e acima de tudo, o homem, cheio de preconceitos e conceitos formados pelo mundo dos homens cabras-macho, era o bastante para servir como barreira para a construção da história das mulheres. Através de Amélia Freitas, vemos um pouco de suas lutas e conquistas, suas construções e derrotas, suas aspirações e realizações, e ainda, seu legado há tanto tempo negado ou camuflado à sombra do mundo masculino. Fonte:
PRIORE, Mary Del (org.), História das Mulheres no Brasil; FALCI, Miridan Knox, Mulheres do Sertão Nordestino. 10ª edição, São Paulo: Contexto, 2011.
“O Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar” (Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa).
As mulheres não estiveram ausentes da história, a despeito das complexas realidades que tiveram de enfrentar, e as fontes documentais revelam sua participação e suas formas de revanche contra uma sociedade androcêntrica e violenta. Muito se escreveu sobre a dificuldade de se construir a história das mulheres, mascaradas que eram pela fala dos homens e ausentes que estavam do cenário histórico. (Del Priore, Mary, América em Tempo de Conquista. In: Imagem da terra fêmea: a América e suas mulheres).
A Mulher e o Sertão Nordestino
O sertão nordestino sobre o qual nos debruçamos, alicerçou uma sociedade baseada na patriarcalismo, com uma forte presença masculina desde o início da conquista.
Uma fase da história do sertão nordestino brasileiro foi negligenciada durante décadas. Nesse contexto regional, muitas