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Povos Africanos no Brasil

No Brasil, na metade do século XVI entre 1516 e 1526, os negros africanos foram trazidos pelos portugueses, na época das instalações dos engenhos, com a finalidade de trabalhar nas lavouras de cana de açúcar, primeiramente na Bahia e em Pernambuco, no Nordeste do Brasil. Pois faltava mão-de-obra nos engenhos de açúcar. Eles não tinham conhecimento do tratamento desumano de que seriam vítimas, também não tinham ciência de que os descendentes dessa raça sofrida, séculos mais tarde, contribuiriam com a vida social brasileira. Os negros africanos eram trazidos em péssimas condições, e nos porões dos navios negreiros da África para o Brasil, vinham amontoados, em condições desumanas, eram vítimas de várias doenças e muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Quando eles chegavam a algum porto brasileiro, entre eles: Recife, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, ocorriam os leilões e as negociações das vendas dos negros africanos. Os portugueses vendiam os escravos africanos como se fossem mercadorias no Brasil, e os mais novos e saudáveis valiam o dobro dos mais velhos, por suas boas condições físicas. Assim como, os mais velhos e os desnutridos eram desvalorizados por estas características. Eram batizados e depois, durante a viagem, eram marcados a ferro, como gado. A partir do século XVIII, nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro, os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam o dia inteiro, recebiam apenas trapos de roupa e a alimentação era em péssimo estado. Passavam as noites nas senzalas, e eram acorrentados para não tentarem fugir. Eles eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era o castigo mais comum. Os negros eram proibidos pelos portugueses de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais, tinham que seguir a religião católica e adotar a língua portuguesa.