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De uma forma geral, a teoria contemporânea das finanças públicas gira em torno da existência das falhas de mercado que tornam necessária a presença do governo, compreendendo o estudo das funções do governo, da Teoria da tributação e do Orçamento Público.
1 As Falhas de Mercado: são fenômenos que impedem que a economia alcance o estado de bem estar social através do livre mercado, sem interferência do governo. São elas:
a) Existência dos bens públicos: bens que são consumidos por diversas pessoas ao mesmo tempo (ex. rua). Os bens públicos são de consumo indivisível e não excludente. Assim, uma pessoa adquirindo um bem público não tira o direito de outra adquiri-lo também;
b) Existência de monopólios naturais: monopólios que tendem a surgir devido ao ganho de escala que o setor oferece (ex. água, petróleo, energia,). O governo acaba sendo obrigado a assumir a produção ou criar agências que impeçam a exploração dos consumidores;
c) As externalidades: uma fábrica pode poluir um rio e ao mesmo tempo gerar empregos. Assim, a poluição é uma externalidade negativa porque causa danos ao meio ambiente, já a geração de empregos é uma externalidade positiva por aumentar o bem estar e diminuir a criminalidade. O governo deverá agir no sentido de inibir atividades que causem externalidades negativas e incentivar atividades causadoras de externalidades positivas;
d) Desenvolvimento, emprego e estabilidade: principalmente em economias em desenvolvimento a ação governamental é muito importante no sentido de gerar crescimento econômico através de bancos de desenvolvimento, criar postos de trabalho e de buscar a estabilidade econômica.
2 Funções do Governo: resumidamente um governo possui funções alocativas, distributivas e estabilizadoras. a) função alocativa: relaciona-se à alocação de recursos por parte do governo a fim de oferecer bens públicos (ex. rodovias, segurança), bens semi-públicos ou meritórios (ex. educação e saúde),

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